Quando eu vi a cicatriz no pescoço dele, comecei a pensar em como vivemos e como cada um traz consigo diferentes experiências. Pode ser que aquela cicatriz fosse apenas uma retirada de sinal, pode ser que fosse de uma briga... para mim não interessava o motivo. Foi apenas uma coisa que me fez lembrar de varias outras. Me fez pensar a história de vida de cada um.
Ele, era um russo, que estava no Nepal por 2 meses e que iria ficar por mais 3.
Ele explicava onde comer, onde dormir, onde meditar, onde fazer yoga e onde sair para beber e dançar.
Em torno a nós, vários outros viajantes. Pessoas de todas as partes do mundo, que se encontravam em este bar em Kathmandu. Um bar típico: mesas longas e baixas, almofadas em todos os lados e cardápio e paredes coloridas.
Voltando ao russo, ele falava devagar, usava roupas velhas e fazia meditação todos os dias. Para mim, ele já tinha atingido o Nirvana. Tinha ido e voltado. Bravo!
Ele contava sobre a sua experiência de forma tão agradável que dava até sono.
Quando perguntamos onde podíamos encontrar o tal budha bar ele tirou do bolso um iphone ultima geração com GPS e aí, tudo se acabou...
Putz, não esperava por isso...ele nunca foi ao Nirvana! Ele, como eu e você, também faz parte do Samsara.
